Engraçado como as coisas acontecem às vezes. Assistindo ao fim de uma comédia em um dos canais abertos do telecine, acidentalmente apertei a tecla que faz a programação parar no último canal assistido, nesta noite, o da TNT. Conto isso só pra dizer que uma escorregada de dedo me fez assistir a penúltima cena de um filme que acho ruinzinho, mais que hoje me disse muita coisa...
A personagem da Cameron Diaz no filme é uma linda e jogadora... na última parte do filme...na cena que eu menciono ela se dá conta de que nunca havia se relacionado verdadeiramente com ninguém e que isso a havia feito perder a história de contos de fadas com o mocinho do filme, interpretado por Thomas Jane. Filme com todos os esteriótipos possíveis, na cena em questão ela - no meio de uma paquera em um bar - decide que já estava na hora de não ser mais babaca (pela dor que ela sentia pela perda do outro) e decide abrir o "seu coração" para um rapazinho que acabará de conhecer.
A música da cena, não sei ao certo por quê, a que está ao fundo quando a mocinha leva uma cortada daquele estranho no bar, eu não consigo parar de escutar [Fato]... é ela que dá nome a este post. A expressão de Diaz quando a música do Usher começa a tocar é... epifânica.
O que essa cena me diz?
Às vezes a nossa vontade de viver uma história incrível é tamanha que a gente outorga, transfere, atribui a responsabilidade do nosso roteiro ao primeiro imbecil que aparece dançando como um louco na cena... Não sei se isso faz algum sentindo, mas às vezes a "nossa hora perfeita" faz com que pessoas erradas pareçam perfeitas também...
De repente você se abre permitindo para o que há de pior no mundo a encontre. Parece pessimista? Talvez sim. Mas é que às vezes a vontade de se apaixonar é tão grande... é tão grande a ponto de que é preciso reunir muita sabedoria para não começar a projetar tudo o que se deseja assim... em cima de qualquer história que simplesmente não mereça.
É ter cuidado. Às vezes olho pra minha vida (não sei se é assim também com vcs) com uma fome de... eu-acho-que-eu-mereço-mais (e realmente mereço). Mais é que tantas vezes já tivemos MAIS em uma hora que ainda não era a nossa. E é como se o tempo tivesse passado (sem nós).
[O mundo está cheio de gente, eu sei... Mas é que de repente o mundo parece inteiro sem graça. Pessoas vem, pessoas vão e o meu mundo continua intacto. Sólido. Firme. E às vezes quando parece que vai ser avassalado por um tufão (e eu vibro com a expectativa de tempestades de vento e chuva) tudo se dissipa como um mormaço de tarde bem seca...]
Preciso de paixão como preciso de ar. Então respiro. Só rezo a Deus para que ele não faça com quem a minha vontade de viver algo extraordinário e muito maior que eu me faça me abrir pra histórias que simplesmente não mereçam.
(Acho que estou confusa.)
Talvez isso não seja o começo de nada. Talvez seja só uma cena perdida. Mais talvez seja mais...
Bye!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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